METAL
Tipos de Metal
Existem muitos tipos de metais,
chegando hoje ao total de sessenta e oito. Dentre eles existem alguns
bem diferentes, como o mercúrio (que é líquido) e o sódio (que é leve).
Os mais conhecidos e utilizados há muitos anos são o ferro, cobre,
estanho, chumbo, ouro e a prata.
Os metais podem ser separados em dois grandes grupos: os ferrosos, compostos por ferro, e os não-ferrosos.
Veja abaixo os principais tipos de metais e suas aplicações:
Tipos
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Aplicações
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FERROSOS
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Ferro | utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis estruturas de edifícios, latas de alimentos e bebidas; | |
Aço | latas de alimentos, peças de automóveis, aço para a construção civil; | |
NÃO-FERROSOS
|
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Alumínio | latas de bebidas, esquadrias; | |
Cobre | cabos telefônicos e enrolamentos elétricos, encanamentos; | |
Metais pesados | Chumbo | baterias de carros, lacres; |
Níquel | baterias de celular; | |
Zinco | telhados, baterias | |
Mercúrio | lâmpadas fluorescentes, baterias |
Sua História
A história do alumínio e de suas
múltiplas aplicações no mundo moderno é remota. Apesar de ser o mais
abundantes metal do planeta, ele não se encontra naturalmente na forma
metálica e foi somente em 1824 que o dinamarquês Hans Christian Oersted
conseguiu isolar o alumínio na forma como é hoje conhecido. Atualmente
possui inúmeras aplicações como na fabricação de panelas, janelas, peças
de carro, equipamentos eletrônicos, latas de bebidas etc.
Composição
O alumínio é obtido a partir do
minério bauxita. Vale ressaltar que o processo de extração deste
minério, assim como dos demais, é atividade que provoca intenso impacto
do solo e dos corpos hídricos. Para extrair o alumínio é feito um
processo de refino da bauxita que resulta em um pó branco, parecido com o
açúcar, a alumina. Em seguida a alumina passa por um processo
eletroquímico e é transformada em alumínio.
Este metal é 100% reciclável, em
número ilimitado de vezes e quando se recicla o alumínio, são
economizados 95% da energia que foi necessária para produzí-lo da
primeira vez.
Boa parte do alumínio destinado à reciclagem é proveniente das embalagens, em especial latas de bebidas.
As latinhas recuperadas são
transformadas em lingotes que posteriormente são empregados na
fabricação de novas latas e inúmeros outros produtos de alumínio.
Atualmente o Brasil é o país que
mais recicla latas alumínio no mundo, porém, vale destacar que isso é
conseqüência da falta de oportunidade no mercado de trabalho, se
apresentando como alternativa de subsistência para grande parte da
população. Mesmo aumentando o material destinado à reciclagem, não houve
redução na extração do minério bauxita, atividade esta de intenso
impacto ambiental como já mencionado acima.
Índice de reciclagem de latas
de alumínio no Brasil
2001
|
85%
|
2002
|
87%
|
2003
|
89%
|
Reciclagem da lata de alumínio
Fonte: Abralatas
Fonte: Abralatas
Para saber mais sobre
o assunto entre em contato com:
ABRALATAS - Associação
Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade
(61)327-2142
(61)327-2142
ABAL – Associação
Brasileira do Alumínio
(11) 5084-1544
(11) 5084-1544
FONTES:
Abralatas
ABAL
IPT-CEMPRE, 2000
Abralatas
ABAL
IPT-CEMPRE, 2000
Sua História
O ferro foi descoberto ainda na
pré-história, porém, o aço, como conhecemos atualmente, só foi
desenvolvido em 1856, alcançando grande repercussão no meio industrial.
Isso porque o aço é mais resistente que o ferro fundido e pode ser
produzido em grandes quantidades, servindo de matéria-prima para muitas
indústrias.
Com o avanço tecnológico dos
fornos e a crescente demanda por produtos feitos de ferro
e aço, as indústria siderúrgicas aumentaram
a produção. No entanto, o crescimento deste
setor trousse também um aumento da extração
de madeira para produção de carvão
e da emissão de gases poluentes na atmosfera pela
queima de carvão vegetal.A produção
mundial de aço bruto, em 2003, foi de cerca de 965
milhões de toneladas anuais. Para 2004, a expectativa
é de que ela ultrapassará um bilhão
de toneladas.
O ferro e o aço são encontrados na
agricultura (ceifadeiras, colheitadeiras, semeadores, arados, etc.),
nos transportes (caminhões, carros, navios, aviões etc.), na construção
civil, na indústria automobilística, em embalagens, aparelhos domésticos
e muitas outras utilidades.
As latas de aço e flandres são
amplamente utilizadas no mercado nacional de embalagens
principalmente para o armazenamento de alimentos, óleos
lubrificantes, tampas metálicas e outros.
Composição
Para a obtenção das chapas de aço é
necessário extrair da natureza o minério de ferro, denominado hematita,
e a partir de sua redução com carvão vegetal, produz-se uma chapa com
alto grau de pureza.
As latas de aço produzidas com
chapas metálicas, conhecidas como folhas de flandres, são compostas por
ferro e uma pequena parte de estanho (0,20%) ou cromo (0,007%),
materiais que as protegem contra a oxidação (ferrugem).
A reciclagem de aço remonta à
própria história de utilização do metal. Reciclado, mantém suas
propriedades como dureza, resistência e versatilidade. As latas
normalmente jogadas no lixo podem retornar a nós em forma de novas
latas, ou como vários utensílios - arames, partes de automóvel,
dobradiças, maçanetas e muitos outros.
Nas áreas de armazenamento, as
latas são prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as condições
de transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as
demais sucatas metálicas, para se transformarem em tarugos ou folhas de
flandres.
As latas de aço lançadas na
natureza sofrem oxidação num prazo médio
de 3 anos, transformando-se em óxidos ou hidróxidos
de ferro. Se recuperadas, podem ser recicladas infinitamente.
Índice de reciclagem de
latas de aço no Brasil
2003
|
47%
|
Se considerarmos os índices de
reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, resíduos de construção
civil, ou seja, todos os segmentos do aço, e somarmos aos índices das
embalagens de aço, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido
anualmente.
Para saber mais
sobre o assunto entre em contato com:
ABEAÇO - Associação
Brasileira de Embalagem de Aço
0800172044 (Disk aço)
0800172044 (Disk aço)
CEMPRE - Compromisso Empresarial
para Reciclagem
(11) 3889-7806
(11) 3889-7806
IBS - Instituto Brasileiro
de Siderurgia
(21) 2141-0001
(21) 2141-0001
Sindivesfa/INESFA
(11) 251-0277
(11) 251-0277
FONTES:
IBS
ABEAÇO
IPT-CEMPRE, 2000
Calderoni, 1997
IBS
ABEAÇO
IPT-CEMPRE, 2000
Calderoni, 1997
A maioria dos organismos vivos só
precisa de alguns poucos metais e em doses muito pequenas, por isso são
chamados de micronutrientes. Este é o caso do zinco, do magnésio, do
cobalto e do ferro. Estes metais tornam-se tóxicos e perigosos para a
saúde humana quando ultrapassam determinadas concentrações-limite.
Já o chumbo, o mercúrio, o cádmio,
o cromo e o arsênio são metais que não existem naturalmente em nenhum
organismo. Tampouco desempenham funções - nutricionais ou bioquímicas -
em microorganismos, plantas ou animais. Ou seja: a presença destes
metais em organismos vivos é prejudicial em qualquer concentração. Desde
que o homem descobriu a metalurgia, a produção destes metais aumentou e
seus efeitos tóxicos geraram problemas de saúde permanentes, tanto para
seres humanos como para o ecossistema.
DEFINIÇÃO:
Grupo dos metais de alto peso molecular, de particular efeito danoso
aos seres vivos por não serem biodegradáveis e se acumularem no
organismo e em diversas cadeias alimentares, incluindo as cadeias dos
quais os homens fazem parte, podendo provocar sérias doenças como
câncer, por exemplo. Este termo tem sido também aplicado a elementos
que, embora possuam estas características, não são rigorosamente metais.
|
Normalmente, os metais pesados
apresentam-se em concentrações muito pequenas, associados a outros
elementos químicos, formando minerais em rochas. Quando lançados na água
como resíduos industriais, podem ser absorvidos pelos tecidos animais e
vegetais.
Estas substâncias tóxicas também
depositam-se no solo ou em corpos d’água de regiões mais distantes,
graças à movimentação das massas de ar. Assim, os metais pesados podem
se acumular em todos os organismos que constituem a cadeia alimentar do
homem. É claro que populações residentes em locais próximos a indústrias
ou incineradores correm maiores riscos de contaminação.
Outra fonte importante de
contaminação do ambiente por metais pesados são os incineradores de lixo
urbano e industrial, que provocam a sua volatilização e formam cinzas
ricas em metais, principalmente mercúrio, chumbo e cádmio.
Principais metais pesados e seus Impactos:
Metal
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Fontes Principais | Impactos na saúde e no meio ambiente |
Chumbo
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Cádmio
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Mercúrio
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Alumínio
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Produção de artefatos de alumínio; serralheria; soldagem de medicamentos (antiácidos) e tratamento convencional de água. | Anemia por deficiência de ferro; intoxicação crônica |
Arsênio
|
Metalurgia; manufatura de vidros e fundição | Câncer (seios paranasais) |
Cobalto
|
Preparo de ferramentas de corte e furadoras | Fibrose pulmonar (endurecimento do pulmão) que pode levar à morte |
Cromo
|
Indústrias de corantes, esmaltes, tintas, ligas com aço e níquel; cromagem de metais | Asma (bronquite); câncer |
Fósforo amarelo
|
Veneno para baratas; rodenticidas (tipo de inseticida usado na lavoura) e fogos de artifício. | Náuseas; gastrite; odor de alho; fezes e vômitos fosforescentes; dor muscular; torpor; choque; coma e até morte |
Chumbo
|
Fabricação e reciclagem de baterias de autos; indústria de tintas; pintura em cerâmica; soldagem | Saturnismo (cólicas abdominais, tremores, fraqueza muscular, lesão renal e cerebral) |
Níquel
|
Baterias; aramados; fundição e niquelagem de metais; refinarias | Câncer de pulmão e seios paranasais |
Fumos metálicos
|
Vapores (de cobre, cádmio, ferro, manganês, níquel e zinco) da soldagem industrial ou da galvanização de metais. | Febre dos fumos metálicos (febre, tosse, cansaço e dores musculares) - parecido com pneumonia. |
¹ Crianças são
especialmente vulneráveis aos efeitos do chumbo. Mesmo quantidades
relativamente pequenas de chumbo podem causar rebaixamento permanente da
inteligência em crianças, potencialmente resultando em desordens para
leitura, distúrbios psicológicos e retardamento mental. Outros efeitos
em crianças incluem doenças nos rins e artrite.
1. Pilhas:
A reciclagem de pilhas envolve
geralmente três fases: a triagem, o tratamento físico e o tratamento
metalúrgico. O tratamento físico consiste na moagem e posterior
separação de constituintes. O tratamento metalúrgico depende da
tecnologia adotada pela unidade de reciclagem, podendo ser:
Processo Pirometalúrgico - após a
moagem, o ferro é separado magneticamente. Os outros metais são
separados tendo em conta os diferentes pontos de fusão. Uma queima
inicial permite a total recuperação do mercúrio e do zinco nos gases de
saída. O resíduo é então aquecido acima de 1000ºC com um agente redutor,
ocorrendo nesta fase a reciclagem do magnésio e de mais algum zinco.
Trata-se, portanto, de um processo térmico que consiste em evaporar à
temperatura precisa cada metal para recuperá-lo depois, por condensação.
Processo Hidrometalúrgico - opera
geralmente a temperaturas que não excedem os 100ºC. As pilhas usadas,
sujeitas a moagem prévia, são lixiviadas com ácido hidroclorídrico ou
sulfúrico, seguindo-se a purificação das soluções através de operações
de precipitação ou eletrólise para recuperação do zinco e do dióxido de
magnésio, ou do cádmio e do níquel. Muitas vezes o mercúrio é removido
previamente por aquecimento.
Reciclagem por tipo de pilha:
Recarregadores de níquel-cádmio: |
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Pilhas primárias de "botão": |
|
Pilhas primárias cilíndricas: |
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2. Descontaminação de metais pesados no solo:
Foram os cientistas da
Universidade Ehime (Japão) os descobridores esta nova tecnologia de
limpeza de solos contaminados por metais pesados que poderá ser a
solução para a recuperação de aterros sanitários ou de regiões atingidas
por acidentes com produtos químicos. O que é mais interessante no novo
processo é que os metais pesados são separados e podem ser reutilizados
em processos industriais, eliminando a necessidade da criação de novos
locais de deposição de resíduos. O método também pode ser utilizado para
limpeza de águas contaminadas.
O novo método faz com que os
metais pesados no solo precipitem-se com elementos de ferro contidos no
próprio solo, sendo então recuperados e separados. A tecnologia permite a
seleção de quais metais pesados devem ser retirados, permitindo um
controle ativo sobre o processo de limpeza do solo. O equipamento
envolvido é de pequeno porte, podendo ser levado ao local da
descontaminação, evitando a remoção de solo contaminado, o que sempre
abre possibilidades para novos acidentes.
A nova tecnologia remove os metais pesados
de maneira seletiva e os recupera no próprio local
da contaminação, redepositando o solo já
descontaminado no lugar, evitando a necessidade de relocalização
e a retirada de solo de outro local.
FONTES:
www.greenpeace.org.br
www.greenpeace.org.br
Dicionário Brasileiro
de Ciências Ambientais, 1999
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